Nas veredas mais
distantes,
nos longes da flor da
idade,
caminhei sem ter saudade,
brinquei todos os
instantes,
os calmos e os excitantes,
entre as ramas e os cipós,
trançados quais fossem
nós,
com água dando no peito...
vi jacarés... dei meu
jeito
e atravessei igapós!
Nunca gostei de chapéu;
andei em carros de boi,
ouvi sapos ‘foi-não-foi’,
deitei na grama, vi o céu,
nuvens de ‘algodão’ ao
léu...
Pude ouvir os colibris
e o cantar das juritis,
das jaçanãs e nhambus...
Comi amoras, cajus,
carambolas, sapotis...
Não vi o tempo na esteira;
era o presente que eu via;
e a vida pra mim sorria!
Sério só de brincadeira;
subia, descia ladeira;
o mundo era meu inteiro;
se derradeiro ou primeiro,
era assim, feito pra mim;
e eu achava não ter fim,
fosse janeiro a janeiro!
Hoje a vida me faz graça...
Solta-me pouco na rua,
não há serestas à lua,
nos velhos bancos da
praça...
É vida pela vidraça,
retratos, recordações
de amores e corações...
..................................
..................................
Mas...fiz o feito bem
feito,
não há remorso no peito,
tampouco... desilusões!...
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