Livros


REGRAS PARA SE FAZER O POEMA VARANO

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

DÊ VIDA






















Derrame, como o sol, raios de luz;
a todos contagie com alegria;
se alguém se sente triste, com apatia,
sorria-lhe e a tristeza se reduz!

Perdoe se alguém o mal tão bem conduz;
por certo, não é luz que ele irradia.
Demonstre que é no bem que ela reluz,
com boas atitudes, dia a dia!

O céu bem pode estar ao nosso alcance,
se o bem for praticado, a cada lance,
na estrada tortuosa da subida;

mas, faça-o sem intenção de emolumentos!
− Alegre-se e dê vida a seus momentos
...e todos à sua volta terão vida!

segunda-feira, 25 de julho de 2016

DIA DO ESCRITOR (25 de JULHO)





















Escreves tu o que pensas
Ou não pensas quando escreves?
Entre dúvidas imensas,
Dúvidas longas ou breves,
Procuras o que escrever,
Porque sentes o prazer,
Que é quase como um dever;
É a arma com que te atreves!

Escritor, tu és baluarte!
És a luz na escuridão,
És profissional da arte,
Da qual és o bastião!
Consegues viajar o mundo,
A perscrutar o submundo
Do rico ou do moribundo,
Com a arte no coração!
  
Contas vidas em teus contos,
Deleitas o teu leitor!
Fazes rir, ou o deixas tonto
Em tramas ricas de amor!
Ah, escritor, que seria
Da orquestra sem maestria,
Do artista sem galeria
Do jardim sem uma flor?...

Assim és tu para nós,
Que farejamos os livros!
Fazes, desfazes os nós,
Passas histórias em crivos,
Inventas mil personagens,
Fazes-nos criar imagens
Enfeitadas com paisagens,
Fazes-nos teus fiéis cativos!...

Hoje é teu dia, escritor,
É 25 de julho!
De nós mereces louvor...
Compraze, pois, com orgulho!
Vamos ler as tuas linhas,
Desvendar as entrelinhas,
Conhecer reis e rainhas...
Dar em teu livro um mergulho!

terça-feira, 5 de julho de 2016

DE VOLTA















Eu vi, naquele dia, teu rosto lindo,
mas parecias longe, em pensamentos...
Voltei no tempo àqueles bons momentos,
em que eu te contemplava a mim sorrindo...

Tu não me viste, claro, fui seguindo,
apaziguando, em mim, os meus tormentos,
agora, bem mais brandos, sem lamentos,
nas cinzas do que foi amor infindo...

Teu rosto me seguiu por esses anos,
à sombra de penosos desenganos,
vazio de esperanças e perdão...

No dia em que te vi, eu nem sabia
que tu também sonhavas que, algum dia,
de novo me darias tua mão!

domingo, 3 de julho de 2016

SANTAIADA












Eu dou vivas a São Pedro
dei vivas a São João.
São José tá no meu nome
que só não tem esse São.
Santo Antônio camarada
me arrumou u’a namorada
com cintura de pilão!

Lá no céu também tem santa
como a Santa Genoveva
que antes de ir lá pra cima
tirava o povo da treva.
Era nascida na França
onde alguém desde criança
sem querer seu nome leva.

Mas louvo a todos os santos
que labutam lá no céu.
Me dou bem com todos eles
pra eles tiro o chapéu!
Peço a vocês que respeitem
e rezem quando se deitem
pois cada santo é um troféu!

Do céu vêm santos e santas
que não dá nem pra contar.
Se espalham pelo universo,
nem padre sabe o lugar;
tem alguns pelas igrejas...
(se houver santas sertanejas,
me avise que vou louvar!)

Tem santo gordo, tem magro,
tem santo feio e bonito
tem santo muito barbudo
tem santo que é esquisito
tem moreno, branco, preto...
tem santo impresso em folheto
e o grande São Benedito!

Tem santo casamenteiro
tem do povo endividado
tem das causas impossíveis
tem de solteiro e casado;
mas o que tem mais no mundo
é o santo que é vagabundo
− senador ou deputado!

Louvo à maioria dos santos,
quase toda a santaiada;
louvo a santa lá do céu
e a Santinha ali sentada,
que prepara o meu café,
em quem mais eu boto fé,
pois é comigo casada!

Nunca louvei a São Nunca
porque nunca me lembrei;
nunca vi a cara dele;
também nunca procurei;
entre os santos lá da igreja,
aqueles que a gente beija,
tem um que eu nunca beijei:

É um santo muito falado
só de lembrar fico rouco;
fazem dele até piada
mas dele sei muito pouco;
dizem que ele era corrupto
(pensei que fosse incorrupto)
− é o Santo do Pau Oco!

Contar tanto santo assim,
vai varar a madrugada;
por cada um que me lembro
tomo outra talagada.
Hoje tem festa no céu!
− Vou lá buscar meu troféu
por cada ‘santa cantada’!

quinta-feira, 23 de junho de 2016

O BÊBADO QUE MATOU CHICO CUNHA













Por aqui tinha um caboco
Que bebia todo dia
No lugar que ele passava
A catinga rescendia
Tão forte que a prefeitura
Contratou a criatura
Que seria de serventia!

Eu tive pena do moço
Pela injustiça do povo
Após serviço prestado
Chamaram ele de novo
Foi condenado o rapaz
Por uma causa eficaz:
Matou Chico inda no ovo!

Depois que entendeu o fato
Doutor Juiz Oiticica
Libertou o bom rapaz
E o povo não mais critica.
Ele apenas em um dia
Acabou com a epidemia
Do 'Chico Cunha' e da Zica!

terça-feira, 8 de março de 2016

PARABÉNS A TODAS AS MULHERES !


Mulher, graça da vida concebida,
tu encantas o meu mundo com ternura!
Sem ti, sou moribundo, sou tristura!
Sem ti, não há chegada... só partida!

De nós Deus te pensou pra ser querida
e fez-te assim com o dom da formosura!
Sem ti, eu morreria de amargura...
contigo, mais e mais eu tenho vida!

O Deus de todos nós pensou em tudo;
deu-nos a ti pra sermos teu escudo
e fez de nós um par... o mais perfeito!

Bendita sejas tu − assim quer Deus −
que gozes dos direitos que são teus!
...Um beijo, com carinho... esse é meu jeito!

quarta-feira, 2 de março de 2016

CANTARES


Do velho arquivo do tempo
Que o tempo fez em poeira
Nem tudo foi pelos ares...
As flores de laranjeira
Bem postas em teus cabelos
E que eram nossos desvelos
Inda embalam meus cantares!

Coisas assim acontecem
Pra que ninguém nunca esqueça
Que a vida tem seus pesares!
O tempo tinge a cabeça
Apesar dos nossos zelos
Vê longe nossos apelos
Sobre alusões milenares...

Mesmo assim, canto as canções
Que a minha mão escreveu,
Para atingir teus pensares...
Cantarei cantos de Orfeu
Verei Eurídice em ti
Por fim, verás como eu vi
Nós dois em nossos olhares!

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

NÃO SE ARROGUE O DIREITO DE SER NÉSCIO, DÊ-ME UM SONETO, POR FAVOR!


Permita-me um soneto, por favor!
Desculpe-me... tem rima em minha vida.
Direi uns poucos versos de partida,
do muito que na vida tem valor!

Soneto é como o doce do licor,
em lábios já sedentos por bebida;
é bálsamo se a dor se faz sentida
e é cura − como o tempo − em dor de amor!

Assim faz o soneto com o poeta;
adoça a alma, encanta e o liberta
dos muitos desencantos da ilusão!

Permita-me um soneto, serei breve:
Que alguém jamais se arrogue ou, enfim, se eleve
− às custas do poder − ante a razão!