Uai, sô! diz o mineiro,
sujeito desconfiado.
Ô louco! diz o paulista,
como sempre apressado
Oxente! diz o baiano,
quase caindo de sono,
pelas ruas do Pelourinho,
que nem cachorro sem dono.
Éééégua! Exclama o paraense,
éééésse! Lá no Maranhão.
No norte em geral: É massa!
E no Rio: Esse é bão!
Por esse mundão de Deus,
ainda lá no nordeste,
os “home” têm dez ”muié”
“pexera” e “caba da peste”.
O erre, erre enrolado,
onde o “carro” vira “caro”
vai de São Paulo pra baixo,
lá onde o “barro” é “baro”.
Fui a Santa Catarina,
“daí” e “né” toda hora.
O Paraná, que é lá perto,
não podia ficar de fora.
Báaa, chê! Lá no Rio Grande,
tri legal! Também é lá.
“Tu foi”, “tu vai”, “os guri”
que às vezes são “os piá”.
Voltei para o sul de Minas,
lá é complicado o “falarrr”.
É “Berrrlândia” e é “Berrraba”
“Belzonte” é a “capitárrrr”.
E “vorrrtando” ao sul de Minas,
(tô falano igualzim)
comi tutu com torresmo,
galinha, angu e um “quejim”.
Êta viagem pai d'égua!
dito lá no Maranhão,
vi sapo criando asa,
cobra saindo do chão,
pé de couve de dois metros,
vi o peixe voador,
vi baiano trabalhar!!!
(estive em Salvador).
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Vou poupar os seus ouvidos,
o que é muito merecido,
mas conheça esse Brasil,
não se faça de metido!
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