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REGRAS PARA SE FAZER O POEMA VARANO

terça-feira, 6 de agosto de 2013

O CORDEL DA INTERNET


Liguei meu computador
Para acessar a Web...
Está pior que estupor!
Da classe alta até a plebe,
O besteirol corre solto,
E você acaba envolto
E disso não se apercebe!

Tem desabafo de corno,
Sacanagem, putaria...
Tem notícias de suborno
E muita patifaria!
Tem gente mostrando o ego
Num tiroteio de cego,
Tem ‘sábios’ em confraria!

Vê-se de tudo na rede:
Lá produzem, lá consomem,
Falam de fome e de sede,
De mulher virando homem...
Uns querendo aparecer,
Fotos inúteis pra ver...
Tem de miss a lobisomem!
  
Puro retrato dos tempos
De acesso à tecnologia,
Que, apesar dos contratempos,
Vai fazendo a alegria;
Muita coisa se aproveita...
Não perca, pois, essa feita
E viva a democracia!

Democracia vem de longe...
Vem da cidade de Atenas!
Seja o ateu, seja o monge,
Entre deusas e falenas,
Hoje você vê e escuta
Vídeos de anjo ou de puta,
Bundas grandes e pequenas!

Vê pensamento enrustido
Sendo posto na vitrine!
Se tem nariz entupido,
Receitas, soro, sorine...
É um vendaval de mil coisas,
Que não cabe em velhas loisas,
Nem no melhor magazine!
  
Tem conquistador barato,
Tem velha que se diz nova,
Tem o bonzinho e o chato,
Tem quem reprova ou aprova,
Tem o cricri pela-saco,
Perfume para sovaco,
...Tem poeta e muita trova!

Agora, já tem um vício:
‘rede-relacionamento’!
Buraco sem orifício,
Casado sem casamento!
...É, pois, um Deus-nos-acuda!
Pegue a cabeça e sacuda
...E alivie seu pensamento!

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